Digam o que quiserem, mas cerveja forte de manhã é estranhamente doce. Os que beijam seu lixo, atrofiados, infantes que sangram e sem gangrena, prosseguem languidamente batendo a cabeça já mole, descalcificada, em pôsteres de desgraça sem se dar conta. Esse devaneio, esse esquecimento, esse torpor é a vontade ativa de se alhear, de ser objetivo na fuga, certeiro em localizar lugar nenhum do mapa, com a mente turva. É escuro o caminho por onde meu único olho percorre até o ponto de luz, é longo, e os nervos desse meu único olho expandem o cansaço pelo resto da face. Ouço uma flauta tímida no apartamento do lado, Tímida flauta no meio da megalópole dos fones de ouvido, cheia de consciência de sua extinção, de seus dias de multa pelo atentado ao mal-gosto, como um animal noturno obrigado a morar no porão da boate desafia o dia impelido pela necessidade, de pouco em pouco vai morrendo. Algumas viagens ao banheiro, viagens perdidas, flash-devaneios e olhadas ao espelho, então,...