Quando pulo quase, que abortado, da cama, ela muito já está desperta. Sorri de olhos fechados e se aninha em meus braços. Está sempre a dois passos a minha frente, mas cuida do vácuo atras de mim. No silêncio, numa quietude escura, sólida, maciça. Ela é a minha solitude. ela olha por mim, cuida pra que eu não seja enganado, que eu não me machuque. é seu interesse me ter inviolado, Mas me tem como escravo, senhora altiva, filha-da-puta.! Drena minhas energias, vampira! Mas quando chego do trabalho cansado ela é tudo o que quero encontrar. E ela está nua, morna, e pálida no divã, a me esperar com uma cerveja aberta, um baseado enrolado, a luz do abajour ligada... Ela é a viúva de veludo. Jurei que cometeríamos o suicídio juntos. Numa banheira morna, eu e ela. Uísque, heroína... Ou mesmo no trailer sujo. Às vezes me confundo com ela e vice-versa. Mas não, ela é só a minha solitude e minha solidão. Quando não estou com ela sou outra pessoa: Alegre, falante, realizado....