Gente rasa, razoável, me cansa.
Gente que não sabe a importância do inútil (eu sou inútil)
Grandiloquente, cheia de valores
Tipo o cara que pôs carniça no lago que nadei quando moleque!
Gente barulhenta, com motor dentro do peito,
de quebrar pedra, deixar surdo,
que faz destruição necessária,
que desbasta a vida aos seus moldes e morre, como quem cospe e foge. Covarde.
Essa gente inútil vive pelos cantos da casa
Experimentando com as sombras e com o sol.
Perto das janelas
Perto das manhãs.
Sabem ser netos
Crianças caçadoras de vassoura na mão,
Navegam em barcos de colchões velhos que eram cabanas
E cobertores de pele de urso
E cujos herois eram avôs.
Essa gente sou eu
Gente que não sabe a importância do inútil (eu sou inútil)
Grandiloquente, cheia de valores
Tipo o cara que pôs carniça no lago que nadei quando moleque!
Gente barulhenta, com motor dentro do peito,
de quebrar pedra, deixar surdo,
que faz destruição necessária,
que desbasta a vida aos seus moldes e morre, como quem cospe e foge. Covarde.
Essa gente inútil vive pelos cantos da casa
Experimentando com as sombras e com o sol.
Perto das janelas
Perto das manhãs.
Sabem ser netos
Crianças caçadoras de vassoura na mão,
Navegam em barcos de colchões velhos que eram cabanas
E cobertores de pele de urso
E cujos herois eram avôs.
Essa gente sou eu
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