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Mostrando postagens de 2011

Coquetel Blues

Quantos aninhos você tem, honey? ´stá conservada em uísque bom. Caras e bocas de espelho Já são sucesso em Moscou. Você me conta suas aventuras E do seu jei/to / livre de ser. Pede outro Blood Mary E enxu/ga a boca com/ desdém. Emenda uma Cuba Livre E me quer pra ser o seu escravo Eu quero sua seiva com gelo Numa tulipa com meu feromônio. Meia de seda, Manhattan Sweet Havana é um coquetel caliente Vou me afogar em tanta luxúria Bebendo seu perfume na fonte. Experimenta uma Lagoa Azul Mas antes pro/ve o Bei/jo do/ Vam/piro O gos/to/ ru/bro da /chaga/ fria Que se mistura com a imensidão. Prazeres são servidos em doses, Ideologia é questão de estilo. Aprecio tudo isso com gosto, Inestimável, em um bom bordel. Agora eu quero o seu suor, O seu batom, sua língua gelada Lutando pela liberdade Na batalha que se trava na cama. ©   2009 Octávio Brandão All Rights Reserved Coquetel Blues by Octávio Brandão is licensed under a Creative Commons Attribution

Seda Sabine

Blatela libertina balbucia mariposa Sabine mastiga Diazepam como Aspirina Baratas sobem no santinho da cozinha Bombas de efeito moral! Bombas de efeito moral! Tragédias do seu conta-gotas Ajudam a esquecer o frio. No fundo do seu poço jorra Água cristalina! Vasculha a Augusta procurando companhia, Escorre no seu seio essa saliva sedativa Terapia de choque! Terapia de choque! Difícil ser imaculada Extasiada ante o precipício. Toda a extensão da sarjeta Incita à temporada da esbórnia. Blatela libertina balbucia mariposa Leda libertine Gira no teto do salão Com seu vestido de quitina marrom. Se arrasta uma quadra até o bar da luz vermelha, Se esfrega no chão ela anseia cocaína. Efeito Colateral! Efeito colateral! Enclausurada, a madrugada No topo do seu baixo-ventre. No alto da sua torre Estão degolando o rei! O dia não nasce, despenca na cabeça A vida retorna agarrada à garganta. Busca e apreensão! Busca e apreensão! © 2009 Octávio Brandão All

Sr. Luther Blissett

Agora sou Luther Blissett Outrora foi bem legal me conhecer. Fui tanta estátua-viva de rua, Estive inteirado dos papos de bar. Tudo isso pra ser ninguém... Tudo isso pra ser ninguém pra você! Decora bem o seu erregê, Quem sabe você ganha identidade. Imagina você lá no Hall da Fama, Espetacular! seu nome em dourado. Será que não é você lá... Será que é você lá pra valer? Anônimos nas estruturas, anônimos pra esposa e filhos. Prazer em me conhecer, sou o antônimo Sr. Luther Blissett. Me assiste desaparecer, Sob o holofote de estrelinhas de cor blasé! O amor e a lua, tão esgotada, Na vertiginosa noite paulista. O que você não quer dizer... O que você não quer dizer... É o que faz sentido sem clichê! © 2010 Octávio Brandão All Rights Reserved Sr. Luther Blissett by Octávio Brandão is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License . Based on a work at http://tavernadaamnesia.blogspot.co.nz/ . Permissions beyond

a menininha e o carcamano

A menina vence a avenida. Encantadora e vacilante, Avança por entre possantes, Sem mão amiga ou guia aparente. Emancipada e munida da infância Vai a menininha alheia e alegre, Um pontinho de luz, Envergonhando a Humanidade. Como puderam se esquecer Das almofadas nos pára-choques? Do sorriso embaixo dos faróis, (Todo carro tem cara de mau) Nem mesmo palhaços pintados nas placas! Advertindo o nobre motorista: “Diversão à esquerda”.. Asas, jatos, pirotecnia... Intimidados, engenheiros e designers, Gente grande da indústria, Voltam pro escritórios consternados. A menininha ri. Rio com ela. Atravessa a avenida porque tem pernas, Enquanto me arrasto pela vida Arrancando cabelos das narinas E evitando levantar da cama, emoções... Ruminando tragédias inusitadas, A estupidez interesseira, A incoerência das emoções, A inutilidade necessária, E a solidão religiosa. Ela vai espalhando desconcertos E cavando túneis no sistema de conceitos civilizados. Tão natural c

tarde calma

sensações que expandem existenciais, frementes como estertor de borboleta. uma flor voou e descansou. a mão do Tao recolhe-a, vira tarde e sensação. Octávio (urvbu) Brandão A obra tarde calma de Octávio (urvbu) Brandão foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Proibição de Obras Derivadas 3.0 Não Adaptada . Com base na obra disponível em tavernadaamnesia.blogspot.com . Podem estar disponíveis permissões adicionais ao âmbito desta licença em http://tavernadaamnesia.blogspot.com/ .